Se há país saído da vaga independentista do pós-Segunda Guerra Mundial que está longe de encontrar o seu caminho, esse país chama-se Paquistão. Várias vezes à beira da guerra civil, testemunha de inúmeros golpes militares, terra de ditaduras militares corruptas e bestiais, de experiências democráticas fracassadas, de uma guerra de secessão, de umas quantas com a União Indiana, de terrorismo e radicalismo islâmico, o Paquistão voltou ontem a ser notícia pelas piores razões. Um atentado matou umas 130 pessoas que festejavam o regresso do exílio de Benazir Bhutto. Como se isto não bastasse, e não apenas pelo simples facto do dito atentado não ter sido reivindicado, enquanto o Governo paquistanês aponta o dedo aos radicais islâmicos, o quase viúvo de Benazir Bhutto veio dizer que os responsáveis pela matança não poderiam ser outros senão os serviços secretos paquistaneses. Já só falta alguém jurar que tudo não passou de uma orquestração pensada e executada pelos apoiantes da recém-chegada. Afinal, e como se sabe, nada melhor do que um atentado - seja ele qual for - para que a candidata a primeira-ministra nas próximas eleições legislativas possa vir a ter mais e maiores possibilidades de conquistar um bom resultado.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário