17.10.08

O Hino dos Açores

O hino dos Açores, embora leeeento, é muito Estado Novo, para não dizer que é todo Estado Novo (mas em mauzinho), do género "lá vamos cantando e rindo" da defunta Mocidade Portuguesa. Talvez por isso, não desgosto. E também não vivo no arquipélago das nove ilhas. Ouça-se o velhinho hino dos Açores aqui e o moderníssimo hino da Mocidade Portuguesa aqui.

14.10.08

Credores do Estado

Esta lista, na verdade uma listinha, dos credores do Estado publicada na página Web do Ministério das Finanças é uma vergonha para o país, para este Governo e para o regime político que nos suga o dinheiro e a alma desde 1976. Lá se encontram três credores e um total de dívidas absolutamente insignificante (não, claro está, do ponto de vista dos credores). Seria por isso bom que alguém do Governo fosse capaz de explicar, e sem se rir, a razão pela qual mais nenhum credor, e são tantos, quis aparecer na lista. É que não explicando, somos todos obrigados a concluir que há quem não queira dar a cara por temer represálias do Estado e do Governo. E isso, numa verdadeira democracia, não pode ser.

O Orçamento do Nosso Contentamento



O tom das primeiras notícias do dia de hoje sobre a proposta de Orçamento deste Governo para 2009 fazem justiça à capacidade à máquina de propaganda que trabalha com a presidência do Conselho de Ministros. Digo isto porque pouco ou nada se sabe verdadeiramente sobre o dito orçamento. Mas segundo as notícias, e naquilo que dependa do Orçamento noticiado, o próximo ano será, para todos os portugueses, pouco menos que radioso. Como é óbvio, mal posso esperar por 2009.

Biplolarismos

Os "mercados" que acabaram a passada semana em depressão aguda, estão agora eufóricos. O mesmo se pode dizer de muitos comentadores e jornalistas da nossa e de outras praças. Por mim apenas diria que não só não aprecio o "bipolarismo", como me pareceu e parece precipitada a depressão da semana passada mas, e sobretudo, a euforia vivida na semana que ainda ontem começou. Ninguém acredite que os planos de intervenção propostos pela União Europeia no passado domingo, ou, em várias ocasiões, pela administração norte-americana, resolvem aquilo que a realidade do mercado acabará sempre por impor.

8.10.08

Portugal reconhece a independência do Kosovo

Não sei se o reconhecimento por Portugal da independência do Kosovo resultou da recente visita da secretário de Estado Americana a Lisboa. Para os sabichões não há dúvida que sim. Mas sei, sem sombra de dúvida, que há muito que tal reconhecimento era inevitável. Podemos discutir se o calendário escolhido pelo Governo e pelo presidente da República para o reconhecimento foi o melhor. Parece-me que não. Afirmo-o pelo simples facto do "reconhecimento" parecer querer ser demasiado discreto. Secreto mesmo. Mas a diplomacia tem razões que a razão desconhece.