O primeiro-ministro insiste na ideia de que os portugueses podem fazer manifestações de protesto político, mas não podem insultar. No caso, não o podem insultar sobretudo a ele, uma espécie de messias dos tempos pós-modernos. Sobre isto ocorre-me dizer, e em primeiro lugar, que não sei onde é que Sócrates foi buscar esta ideia peregrina de que a democracia proíbe, ou deve proibir, o insulto democrático e livre do povo aos políticos e, especialmente, aos chefes de Governo. Em segundo lugar, Sócrates poderia eventualmente pedir que os portugueses não o insultassem no caso dele não insultar os portugueses. Ora qualquer pessoa minimamente atenta já percebeu há um bom par de anos que Sócrates não tem feito outra coisa desde que ganhou as eleições legislativas que não seja insultar os portugueses. E não me refiro apenas ao permanente insulto à inteligência dos seus concidadãos muito típico da classe política. Refiro-me ao insulto gratuito que Sócrates permanente lança sobre esta mesma classe política (vejam-se os debates parlamentares), sobre grupos profissionais e sociais, além, claro está, do insulto ao bom senso e à boa educação que manifestamente desconhece. Além disso, e até prova em contrário, até parece que não o incomoda que muitos colegas seus de governo e camaradas de partido não parem de, também eles, insultar os portugueses tanto por palavras como por actos.
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