18.9.07

Inverno Infernal

Independentemente daquilo que Vasco Pulido Valente escreveu este fim de semana no Público, e Fred Halliday há uns meses no sítio opendemocracy, parece óbvio que vem aí um Inverno escaldante, infernal mesmo. O estranho e quase secreto raid israelita na Síria – onde terão sido destruídas instalações nucleares daquele país construídas com tecnologia norte-coreana –; as ameaças francesas ao Irão; a intransigência norte-americana, e também alemã, em relação ao programa nuclear iraniano, já para não falar do ilusório apoio chinês e russo às posições de Teerão; a recessão da economia mundial ao virar da esquina e a continuada subida dos preços do petróleo, tudo isto e muito mais, parece querer juntar-se para garantir que no Inverno que se aproxima nem o Natal, nem o tão desejado novo tratado europeu, tenham grande importância para os ocidentais.
Mas se a guerra é para ter início, que comece bem e cabe melhor para as cores do “ocidente.” Algo que é, diga-se, francamente improvável. Também por isso, melhor seria que pudesse mudar-me já com a família para uma pequena quinta. Talvez fosse a forma menos má de evitar a escassez que aí vem.

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