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Pelo meio, elogiou Helena Roseta, Sá Fernandes e Ruben de Carvalho em quem não votará, ao menos no caso dos dois últimos, apenas por razões “ideológicas” – argumento demolidor que nunca usou em relação a António Costa. Quanto ao candidato do CDS, o seu antigo partido, Maria José garantiu ser impossível que o dito possa alguma vez ser, simultaneamente, líder parlamentar e vereador a tempo inteiro na Câmara, chamando assim a atenção, e bem, para o facto dos eleitores daquele partido estarem a escolher o número dois da lista. Quanto a Negrão, e como seria de esperar, Maria José tentou desacreditá-lo como candidato. E porquê? Porque deixou Setúbal para vir concorrer a Lisboa!
Eu gostava de saber porque razão uma mulher que é tida como inteligente e politicamente séria, se mete a dizer estas incongruências, certamente convencida de que quem a ouve é desprovido um grama de inteligência. Recorde-se, por isso, que também ela deixou a meio um mandato para o qual tinha sido eleita por muitos lisboetas, e que o desejado António Costa, pelo qual incondicionalmente se enamorou, também deixou o Governo para ser candidato à CML e já tinha deixado o Parlamento Europeu para poder ser feito ministro. A minha modestíssima explicação para esta atitude por parte da antiga vereadora do CDS em Lisboa é apenas uma. Maria José Nogueira Pinto terá deixado o seu partido e o seu cargo pela simples razão de que esperava, e ela saberá porquê, vir a ser a cabaça de lista do PSD nas actuais eleições intercalares de Lisboa. Como a coisa não correu como pensava ou como poderia até ter sido conversado com gente graúda do PSD, Maria José arranjou com estas declarações maneira de fazer o PSD começar a pagar pela escolha que não fez. Quanto ao futuro que Maria José quer risonho para uma nova direita em Portugal, só me corre dizer que com gente como esta a dita direita está absolutamente conversada.
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