28.6.07

A Abalada de Tony Blair

A saída de Blair da chefia do governo de Sua Majestade parece estar já a deixar muita gente saudosa da personagem. Para dizer a verdade, o cavalheiro nunca me aqueceu nem arrefeceu. Penso que esteve bem ao apoiar a invasão do Iraque, embora hoje a dita parece ter tudo para poder vir a ser considerada como o primeiro grande fracasso político, militar e diplomático do século XXI. Mas se gostei de Blair no apoio à intervenção político-militar no país de Saddam, muita coisa houve no líder trabalhista com que embirrei. Muitas vezes coisas sem importância, simplesmente ligadas à forma como os políticos se comportam publicamente. De qualquer modo embirrei muito, desde o primeiro momento em que a vi, com a mulher – uma pirosa sem classe absolutamente nenhuma. Em segundo lugar, e fico por aqui, sempre me irritou em Blair aquela sua mania de querer sempre parecer muito bondoso e muito compreensivo para com o povo, ou de aparecer pelos Pubs, diante das câmaras de TV, bebendo descontraidamente cerveja como qualquer britânico de classe média baixa.
Mas voltemos à questão da saudade. Isto porque devo declarar que, em pouco mais de 20 anos de vida adulta, não me lembro de alguma vez ficar comovido com a “abalada” de um político, fosse ele português ou não. Talvez porque pouco depois de terem entrado, e quando dou por eles, começo logo a fazer força para que se vão embora. Seja dos governos, seja dos partidos, seja dos sindicatos ou das confederações patronais. Decididamente não tenho nem nunca tive paciência para políticos vivos. Também nisto um digno representante do populacho lusitano.

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