Desembarquei na Portela na passada sexta-feira ao fim da manhã. Assim que entro no táxi, a primeira voz que oiço é a de José Sócrates na Antena 1. No debate em curso na Assembleia da República perorava o homem com aquela excitação e autoconvencimento que o caracterizam. E o que é que dizia a personagem? Respondendo a uma intervenção de um deputado do PSD – que não ouvi – mas na qual suponho se fizera menção aos atentados à nossa democracia perpetrados pelo Estado e pelo Governo PS, com a cobertura e a cumplicidade do primeiro-ministro, Sócrates só se lembrou de contra-atacar evocando o célebre déficit democrático existente na região autónoma da Madeira. A primeira coisa que me veio logo à ideia, e depois de uma semana ausente, e bem ausente, da pátria, foi que Sócrates decidira candidatar-se em 2011 ao lugar ainda ocupado por Alberto João Jardim. Com o decorrer da conversa percebi que me tinha enganado. Isto apesar de Sócrates ter tudo para triunfar num universo que ele considera submergido pelo autoritarismo. Respirei fundo e pensei: Que pena!
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