Suspeito que este ping-pong entre PSD e Banco de Portugal, por causa da crise do BCP, só é possível por causa da reavaliação das contas públicas que Banco de Portugal e Vítor Constâncio aceitaram fazer logo após a chegada de Sócrates à chefia do Governo servindo os interesses destes e não cuidando da independência da instituição.
Esta inopinada e singular entrada do Banco de Portugal no combate político quotidiano – espaço tradicionalmente reservado ao Governo, ao Parlamento, aos partidos, aos sindicatos, às organizações patronais ou à presidência da república – diminuiu, objectivamente, a autoridade daquela instituição. Se não estiver errado nesta apreciação, não serei eu quem irá prever quando e com quem o Banco de Portugal ganhará a credibilidade e a imparcialidade desperdiçada, aparentemente, em nome de nada e a troco de nada.
Foto: Agência do Banco de Portugal em Évora.
1 comentário:
Inteiramente de acordo. Só falta acrescentar que o anterior governador esteve excessivamente calado com o descalabro orçamental de Guterres. Uma outra forma de minar a credibilidade do Banco de Portugal, embora esta menos visível a olho nu.
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