Não sou dado, há muitos anos, a deixar-me levar por novidades musicais. Amy Winehouse é a única excepção que registo nos últimos 20 anos. Se dúvidas restassem, confirmei a sua excepcional qualidade e dos que acompanham ao ter visto e ouvido, esta madrugada, na SIC Radical, parte de um seu concerto em Londres. Abaixo seguem dois momentos do dito.
26.3.08
Finanças e Economia
José Sócrates está muito satisfeito com aquilo que designa como o fim da crise orçamental. Eu percebo e até, humildemente, o posso felicitar por isso. Mas enquanto se aguardam pelos números finais do déficit orçamental relativos a 2007, e que o INE divulgará hoje à tarde, vale a pena ler outros números e outras palavras do INE. Por um lado, a euribor não pára de subir. Por outro, o consumo estagna, o investimento "desacelera" e as "exportações continuam a abrandar." Valha-nos o facto da inflação estar abaixo da média da zona Euro.
21.3.08
20.3.08
Traditional carol medley - Judy, Liza, Mel Tormé and friends
Como é Páscoa, mas o tempo é invernoso, aqui vai um medley com canções de Natal gravada no tempo em que tudo era a preto e branco (ou pelo menos parecia).
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Nacionalizações na Banca
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17.3.08
Comparações
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14.3.08
Sou Geraldine Ferraro
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Em dias como estes, e imodéstia à parte, sou Geraldine Ferraro.
10.3.08
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Resumindo, o PSOE subiu crescendo sobretudo à esquerda e reforçando a sua posição junto de eleitorado que normalmente vota… PSOE. Viu ainda aumentar o número de votos por causa de algumas políticas sociais que os comunistas poderiam ter feito. Também subiu a sua votação por que muito eleitorado menos fiel aos nacionalistas do País Basco, da Galiza e da Catalunha (refiro-me à ERC) vê agora em Zapatero e no PSOE os intérpretes e os executantes de boa parte dos programas e das agendas daquelas formações políticas. Ganharam-se votos que facilmente seriam conquistados e se perderão à menor tergiversação.
Isto quer dizer que foi uma parcela do centro do eleitorado que acabou por alimentar o crescimento do PP, o que significa que é aí que, no futuro, a direita espanhola deverá crescer para poder voltar ao Governo em Madrid e para reconquistar posições perdidas em governos autónomos como o galego. Por outro lado, ficou bem patente que o seu discurso “crispado” tem uma importante base de apoio social e cultural No entanto, e como é bom de ver, o PP perdeu. Mas perdeu honrosamente porque subiu e, portanto, não se deixou encurralar, ou melhor, muitos eleitores não permitiram que fosse encurralado à direita como formação política e ideologicamente sectária. O seu discurso, a sua prática política, a sua ideologia e a sua liderança recolhem grandes apoios, e colherá ainda mais quando se perceberem no segundo mandato de Zapatero as intenções deste no domínio da política autonómica, a sua incapacidade para projectar uma forte política externa espanhola ou, e sobretudo, a sua impotência para enfrentar com êxito os problemas económicos que já chegaram e as questões sociais graves que daqueles decorrerão como, e sobretudo, o desemprego. Convém aliás não esquecer que Zapatero prometeu criar 2 milhões de postos de trabalho em quatro anos.
De qualquer modo, a estratégia de guetização do PP que o PSOE tem levado a cabo desde que regressou ao poder não apenas fracassou como acentuou uma bipolarização que a prazo favorecerá mais o PP do que os socialistas. Isto porque o PSOE facilmente perderá votos à sua esquerda, caso as coisas corram mal – ou menos mal –, do que o PP ao centro.
Não sabemos o que irá acontecer nos próximos anos no que respeita às questões nacionais, ao terrorismo e, sobretudo, à economia. Porém, em 2012, e caso Zapatero e PSOE se aguentem no poder até lá, o PP tem francas possibilidades de chegar ao Governo. Resta saber que Espanha haverá em 2012.
P.S.: Diz-se que a Igreja Católica espanhola também saiu derrotada nestas eleições. É capaz de ser verdade, mas também não me parece que os bispos estejam muito preocupados com esse facto. Convém recordar que a Igreja Católica tem quase dois mil anos. Além disso, quantos processos de laicização radical das sociedades foram invertidos e subvertidos desde 1789?
8.3.08
Que Fazer?
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Etiquetas:
Professores; Governo; Manifestação.
7.3.08
Os Desempregados dos Outros
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A economia norte-americana perdeu 63 mil empregos em Fevereiro último. Se George W. Bush fosse Sócrates, saberia certamente como transformar uma tragédia económica e social e um importante problema político num caso de sucesso para o país e para a sua Administração.
Já agora, e para que conste, em Espanha o número de desempregados cresceu em 53 mil no mesmo mês de Fevereiro. Comparem-se os EUA com Espanha e facilmente se percebe onde é que, de facto, existem sérios e graves problemas económicos. Compreende-se por isso a razão pela qual Zapatero anda prometer em campanha a criação de 2 milhões de empregos. Tem um grande problema entre mãos e acha que aprendeu alguma coisa com Sócrates.
Já agora, e para que conste, em Espanha o número de desempregados cresceu em 53 mil no mesmo mês de Fevereiro. Comparem-se os EUA com Espanha e facilmente se percebe onde é que, de facto, existem sérios e graves problemas económicos. Compreende-se por isso a razão pela qual Zapatero anda prometer em campanha a criação de 2 milhões de empregos. Tem um grande problema entre mãos e acha que aprendeu alguma coisa com Sócrates.
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Espanha; EUA; Economia; Desemprego.
6.3.08
O Predestinado
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Para além de tudo isto, e como é óbvio, convém recordar que os predestinados são um perigo para qualquer sociedade e para qualquer sistema político.
Etiquetas:
Zapatero; ETA; Política Antiterrorista.
A Entrevista da Ministra
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Mas antes de Joel Serrão, faleceram outros excelentes professores da minha licenciatura e/ou mestrado em História dos Séculos XIX e XX na FCSH-UNL. Primeiro foi João Cordeiro Pereira, excelente comunicador e inteligência superior. Depois, Luís Krus, um dos mais notáveis medievalistas portugueses da sua geração. A seguir, Oliveira Marques meu professor de História de Portugal Medieval e de História de Portugal Contemporâneo. Finalmente, e há bem pouco tempo, faleceu a professora Sacuntala de Miranda que publicou umas memórias e vários estudos de história económica e social tão fascinantes como importantes e despretensiosos. Todos eles morreram precocemente ou ficaram "inutilizados" demasiadamente cedo. Parece-me uma praga, e como todas as pragas há no desaparecimento de cada um deles qualquer coisa de inexplicável. Fica a memória e os livros e artigos de cada um deles para ler e reler. Consola, mas pouco!
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